Lusoponte recebe por cada carro que perder para nova travessia
A Lusoponte terá direito a receber uma compensação por cada carro que perca para a futura Terceira Travessia do Tejo (TTT), de acordo com o parecer da Procuradoria- Geral da República (PGR).
À parte de outras questões, tipo o monopólio que a Lusoponte tem, diz a notícia que o Estado vai indemnizar a Lusoponte por passarem a passar (passo a expressão) menos carros pelas suas travessias. Paga o Estado, logo pagamos todos... pelo menos os que não fogem ao fisco!
Então e o princípio do Utilizador – Pagador?
Eu não utilizo mas vou pagar pelos que deixaram de utilizar! E os que utilizam, continuam a pagar pela sua utilização e agora também pagam pelos que deixaram de utilizar!
Hummm... isto de alguma forma deve fazer sentido!
Como raio se executam trabalhos de canalizações e electricidade para dentro?!
Já passaram Os Três Dias do Ano!
O ambiente numa festa é sempre aquele que fazemos dele e, nesta Festa, gerou-se um bom ambiente. Amigos de longa data que há muito não estavam assim... despreocupados, “desstressados”, livres, soltos. Foi bom!...
A Festa tinha um bom cartaz.Nada de nomes muitos sonantes, mas com uma grande oferta musical. Muito Jazz, muito Blues, muito Adriano, muito Zeca... parecia um programa feito por mim!... Também haviam os Blind Zero, Sam The Kid ou Blasted Mechanism. Não vi nenhum deles! É que não desfazendo, a verdadeira Festa faz-se nos palcos pequenos, onde estão aqueles que ninguem ouviu falar, mas que nos brindam com agradáveis surpresas e concertos intimistas; está no convivio entre jovens dos 8 aos 80 anos (literalmente); está nas tasquinhas!
Este ano não consegui ir ao teatro. O tal bom ambiente tinha repercussões no dia seguinte e, como gosto de ir de manhã ou a seguir ao almoço, digamos que... não estava ainda disponível Já Bienal pareceu-me mais fraca que o habitual; e no ano em que tinha decidido gastar os 75€ pelo primeiro vinil d’O Trovante (uma raridade) este, ao contrário dos anos anteriores, não havia na Feira do Disco!
Em termos de concertos não vi nem metade do que estava planeado. A tal quantidade na oferta levava a que houvessem alguns sobrepostos. Mas a Festa é assim, nunca sai como planeamos. É sempre uma surpresa, uma aventura! Também, quando a nossa entrada se faz pelos Mojitos de Cuba ou pela Caipiroska do Brasil, e ainda temos que atravessar todo o recinto, e tasquinhas, até chegar aos palcos!...
Mas não podia faltar à Brigada, que este ano homenageou o Adriano. Confesso que não foi dos melhores que já vi, mas à noite, os romenos Fanfare Ciocarlia animaram ao bom som "Kusturica", como lhe costuma chamar. O Sábado à noite foi soberbamente encerrado com os Chicago Blues Harp All Stars, num concertoem que o "bezidróglio" encaixou perfeitamente na minha cabeça com os acordes da banda. Fantástico!
No entanto, o ponto máximo estava para vir... Domingo ao início da noite... no Palco 1º de Maio, junto ao Lago: Jacinta!
A “nossa” Jazzista apresentou o seu ultimo album, lançado na Festa. “Convexo” é uma homenagem ao Zeca, num arranjo jazzistico das suas músicas. E que arranjo!...
O Zeca é uma referência na música portuguesa, sendo cantado por qualquer músico que se preze. GNR, UHF, Clã, Sitiados ou Delfins têm versões de músicas do Zeca, assim como tantos outros o cantam: Sérgio Godinho, José Mário Branco, Amélia Muge, Cristina Branco, Camané, João Afonso, Vitorino, Janita... e perdoem-me as pessoas que ficaram esquecidas”. Tantos que é impossível referi-los a todos!
Conheço toda a obra do Zeca, assim como as versões que se fizeram. Mas nenhuma se compara ao que assisti no Domingo à noite! Pode parecer um sacrilégio o que vou dizer, mas... superou o Zeca! Foi a primeira vez que senti isto, e não foi pelo “bezidróglio”!
Quando passei pela Feira do Disco encontrei-a a dar autógrafos... foi também a primeira vez que pedi um! Assinou-me o CD e eu, para retribuir aquele momento inesquecível que ela me tinha propocionado, dei-lhe o Cravo Vermelho já “amarrotado” que tinha no bolso. Tinha-me apaixonado!