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Segunda-feira, 14 de Maio de 2007
E agora? Como se vai descalçar a bota mediática que se fez à volta de Raikkonen?
Nunca percebi a importância que se deu a Raikkonen, em detrimento do Massa.
Endeusou-se” o Finlandês; apontou-se como o digno sucessor de Schumacher; objectivou-se uma relação longa e familiar, como a Ferrari teve (tem) com o Alemão.
Raikkonen era o ponta-de-lança, o principal piloto, o Rei. A Massa cabia a necessidade de provar que merecia estar na equipa, lutar para adiar ao máximo a passagem a segundo piloto, e mostrar que deveria continuar para o ano!
Mas porquê?! Massa era da casa e latino. Raikkonen vinha de fora, sendo de uma frieza que em nada se identifica com os Italianos; Massa agarrou a oportunidade em 2006, mostrando-se muitas vezes à altura de Schumacher, num processo de aprendizagem gradual e firme que culminou com duas excelentes vitórias na segunda metade do campeonato; Raikkonen, mostrando-se veloz, poucas vezes teve rasgos de génio.
Nos vários ensaios da pré-época em que Massa, por norma, se revelava mais forte do que Raikkonen, também não entendia as justificações dadas a favor do Finlandês. Ou estava em aprendizagem, ou estava a testar a regularidade enquanto que Massa testava a rapidez. Mas a mais “estapafúrdia” era a de que se estava a guardar, que estava a esconder o jogo.
Para mim, Massa não era inferior e quem tinha que mostrar serviço, e não o estava a fazer, era Raikkonen!
Chega a primeira corrida. Uma falha mecânica na qualificação relega o Brasileiro para o último lugar da grelha de partida. Ao Finlandês tudo corre bem e ganha à vontade.
Primeiras páginas, está encontrado o sucessor de Schumacher! Poucos reparam na excelente prova de recuperação que Massa fez!
Segunda corrida. Raikkonen anda na sombra dos McLaren, apesar destes serem tecnicamente inferiores aos Ferrari, não evitando a "dobradinha" da equipa inglesa. Massa, apesar da pole-position, mete “os pés pelas mãos” na corrida.
Ninguém lhe perdoou nos comentários e nas análises. Confesso que nesta fase, com tanta mediatização, comecei a ter dúvidas em relação a Massa, sem no entanto, conseguir ter qualquer certeza em relação a Raikkonen.
Terceira corrida. Massa domina desde os treinos. A Ferrari não responde da melhor maneira à dobradinha da McLaren na corrida anterior, porque Raikkonen não consegue suplantar o “rokkie” Hamilton!
Quarta corrida. Novamente Massa domina desde os treinos. Enquanto esteve em prova, Raikkonen manteve-se atrás do “rookie” Hamilton. É verdade que estava com uma táctica diferente (mas a mesma de Hamilton) e, se não tem desistido com um problema mecânico, talvez o suplantasse. Mas mais uma vez, a Ferrari não fez uma "dobradinha" por causa do Finlandês!
Para mim, Massa é um valor seguro e Raikkonen é um produto de marketing! Massa é discreto e Raikkonen é capa de revista!
Marco Bellini é que sabe. Nesta pizza, o segredo está... no Massa!
Quinta-feira, 29 de Março de 2007
Regressa hoje ao calendário, o Rallye de Portugal. Seis anos depois da última edição a contar para o Mundial, aquele que recebeu por 5 vezes o titulo de “Melhor Rallye do Mundo”, nada tem a ver com o passado.
Nestes seis anos os rallyes mudaram muito. Não desfazendo nos pilotos actuais (a comparação entre pilotos de diferentes épocas é sempre injusta), a evolução registada seguiu no sentido do facilitismo para organizações e pilotos.
Talvez por isso, quando os pronuncio, os nomes actuais não saem com a mesma “força” do que quando falo de Rohrl, Mikkola, Alen, Salonen, Toivonen, Vatanen, Kankkunen, Sainz, Blonqvist ou Biasion.
Não se trata apenas da evolução tecnológica, dos controlos de tracção, ESPs ou direcções assistidas, nem mesmo das limitações de potência (imaginem controlar “monstros” com mais de 600cv sem as “mordomias” dos carros actuais!).
Os próprios rallyes, hoje, são disputados em meia-dúzia de classificativas base com menos de 20Kms, repetidas duas ou três vezes, concentradas num espaço geográfico reduzido, durante dois dias. Os pilotos acordam tarde e deitam-se cedo!
Naquele que foi o “Melhor Rallye do Mundo”, saía-se de Sintra na quarta-feira de manhã(zinha), depois das verificações técnicas, na terça-feira, no Autódromo de Estoril. Seguía-se por Montejunto, Figueiró dos Vinhos, Figueira da Foz até à Povoa do Varzim, onde os primeiros chegavam lá para a uma da manhã!
A segunda etapa era a mais “soft”. Começava e terminava na Povoa do Varzim, com passagem pelo famoso salto de Fafe-Lameirinha.
Na sexta-feira iniciava-se o regresso, com a descida até Viseu e onde se começava a definir quem era quem. Mas o pior estava para vir... na Catedral do Rallye!
S. Gião, Piodão e Arganil, em dupla passagem a começar às.. 5 da manhã (!!!) depois de três dias alucinantes!
Era Arganil, com os seus 50 Kms que definia o rallye. Depois de passar este autentico Cabo das Tormentas, respirava-se de alivio. Depois disto, tudo o resto era quase como que cumprir calendário... até Coruche!
No Domingo havia a festa no autodromo, com a entrega de prémios e o slalom!
Eram 42 longas Provas Especias de Classificação, disputadas em 4 alucinantes dias. Muito diferente do que é hoje!
Portugal regressa hoje a um lugar que é seu por direito próprio e de onde só saíu por questões politicas.
Ficam as Boas-Vindas ao Mundial de Rallyes e os votos que por cá passe por muitos e bons anos!
Domingo, 18 de Março de 2007
A mudança da transmissão das provas de F1 para a Sport TV deveria ter-se traduzido numa melhoria da qualidade da mesma. Ao invés, apenas tivemos direito aos treinos livres, de interesse relativo, e às conferências de imprensa.
Recebi a notícia com alguma apreensão. Defensor do Serviço Publico e gratuito em qualquer área, sabia que a RTP não estava, nos últimos anos, à altura dos seus pergaminhos. Por outro lado, é minha ideia que a Sport TV é futebol.
Contudo, dei o beneficio da dúvida e esperei ansiosamente por este fim-de-semana, para ver que melhorias teríamos nas transmissões, e qual a valia dos 21,50€ que acresceram ao orçamento.
A consulta da grelha de programação da Sport TV entusiasmou-me, com a transmissão de todos os treinos livres e conferência de imprensa no final dos qualificativos. No entanto, logo no primeiro treino o entusiasmo foi esmorecendo. A sua cobertura era assegurada por um elemento no estúdio relatando o que via na TV, e os intervalos para publicidade sucediam-se. De mais valia apenas posso contar com a conferência de imprensa.
Restou a esperança, alimentada pela presença do Tiago Monteiro, de na corrida ser diferente.
A custo, a idade já não é a mesma, lá aguentei pela segunda noite seguida até às 3 da manhã. Não há dúvida que há diferença entre os dois serviços: no lugar de um jornalista em estúdio, estava um jornalista e um ex-piloto de F1, e os intervalos reduziram a sua duração!
Talvez pelos exemplos da RAI Uno ou da RTL, esperava ver algo mais num canal inteiramente dedicado ao desporto.
Esperava ver uma equipa de estúdio composta por mais do que um jornalista e um piloto, com várias tendências, que fizessem a antevisão, comentários e análise da Formula 1 em geral, e da corrida em particular; bem como uma equipa de reportagem no terreno, que realizasse a cobertura nomeadamente dos treinos, mas também da corrida, com entrevistas a técnicos e pilotos.
No estúdio, para além do moderador, podiam estar nomes como Domingos Piedade ou José Miguel Barros, da parte dos jornalistas; e Tiago Monteiro, Pedro Lamy, ou Pedro Matos Chaves, da parte dos pilotos. Ou ainda, porque a nossa realidade em termos de F1 não nos permite restringir aos pilotos que por lá passaram, nomes como Ni Amorin ou Pedro Couceiro.
Desta forma consideraria bem empregue o dinheiro gasto na descodificação do canal, não hesitando em fazê-lo mesmo que tivesse outra alternativa em canal aberto.
Sou exigente? Pago para isso!
Por outro lado, esperava que finalmente pudesse ver as corridas completas sem intervalos para publicidade. Afinal trata-se de uma canal pago. E não é publicidade que pago para ver. São, no meu caso, Grande Prémios de Fórmula 1!
Pergunto à Sport TV, sendo eu um dos financiadores do canal, qual é a parte de publicidade que me cabe a mim, e que procedimentos devo tomar para usufruir dela.
É que nem que seja um décimo de segundo, é minha!