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Terça-feira, 17 de Julho de 2007
Dos resultados eleitorais do passado Domingo para a CML, parece-me que se pode tirar uma grande ilação.
Não a do Carmona Rodrigues que afirmou, face à elevada abstenção, que os lisboetas não queriam a queda do anterior executivo. Parece-me forçado e demagógico justificar a fraca afluência às urnas com este argumento. Creio que se deveu mais ao facto de ninguém acreditar que em 2 anos se possa fazer o que quer que seja.
Não a do António Costa que exultou a grande vitória do PS. Creio que com cerca de 60% de abstenção ninguém pode clamar vitória, seja qual for o escrutinio.
Também não é a do Jerónimo de Sousa que se apresentou como a 3ª força em Lisboa, ignorando as “independentes” que ficaram à sua frente. Esqueceu-se, ou não, da palavra “partidária”... 3ª força partidária!
Mas é exactamente esta a grande ilação que se retira. Depois do que se passou há dois anos nas autárquicas; depois do ano passado nas Presidênciais; agora, nestas intercalares voltam a sobressaír as candidaturas independentes da sociedade civil.
A sociedade está a mudar e a acreditar que pode ter intervênção na vida politica.
E não é enterrando a cabeça na areia, ignorando e menosprezando estes sinais que os Partidos devem conviver com isso; Não é desvalorizando-as, como alguns crâneos comentadores o fazem por elas saírem de dissidências partidárias. Elas são, de facto, bastante valiosas para a Sociedade e devem ser encorajadas.
Novos caminhos estão a ser desbravados. São caminhos penosos, como o são todos os que implicam uma mudança de mentalidade. Continuemos, pois, a desbravá-los!...
PS: Uma nota final para o Zé que faz realmente falta. Como o faz qualquer voz que se levanta, por muito chata que seja; alguém que mande uns murros na mesa e que exponha o que escondido “deve” estar. Faz-me lembrar o Major Mário Tomé... e que falta faz ele na Assembleia da República!
Era bom que não fizessem o Zé falar... isso depende da forma como se fazem as coisas!
Terça-feira, 17 de Abril de 2007
Matança em universidade
dos EUA: 32 mortos
In Jornal de Noticias (http://jn.sapo.pt/2007/04/17/primeiro_plano/atirador_mata_pessoas_universidade.html)"Foi um massacre. Um verdadeiro massacre. O pior de sempre nas escolas dos Estados Unidos da América. Morreram 33 pessoas, incluindo o homem que disparou, e 26 estão hospitalizadas. Desta vez aconteceu na Universidade Técnica da Virginia, mas há oito anos foi no Liceu Columbine, no Colorado"
É esta a sociedade que nos serve de modelo!
Sexta-feira, 23 de Março de 2007
Retirado de http://dn.sapo.pt/2007/03/23/opiniao/o_que_perdeu_gracas_povo.html; por Fernanda Câncio
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Foi na Primavera de 2006 que soube da história de E., criança disputada na Justiça entre o casal que a queria adoptar e o pai biológico que a queria "reaver".
Na altura, as simpatias estavam ao contrário. Baltazar Nunes era o "bom", o pai "verdadeiro", certificado por tribunal. Dava entrevistas, tinha até ido ao programa de Fátima Lopes, erguido comoções e indignações. Do casal que detinha a criança, nada. Nem a cara, nem discurso, nem entrevistas, nem justificações. Um silêncio absoluto, pouco favorável a conquistar simpatias.
À época, falei com Baltazar. Afável e falador, não se furtou a nenhuma pergunta. Admitiu que não tinha querido saber da mãe da criança durante a gravidez nem da criança no primeiro ano de vida, porque não acreditava que "era dele". O facto de ter tido relações sexuais não protegidas com a mulher em causa não lhe parecia motivo suficiente para pôr a hipótese de ser pai. Precisava de provas mais rigorosas. Na dúvida, desinteressou-se da criança. A primeira vez que a viu, explicou-me, foi no Instituto de Medicina Legal de Coimbra, em Outubro de 2002, aquando da recolha de sangue para os testes de ADN, e nem terá olhado bem para ela, muito menos tentado pegar-lhe. "Estava-me a guardar", explicou. Quando, no início de 2003, soube o resultado dos testes, assumiu a paternidade. Meses depois, pediu a tutela da criança. Disse-me que desde essa altura tentara vê-la, entrar em contacto com o casal que a tinha em seu poder, sem sucesso. De pai desinteressado, Baltazar passara a pai desesperado. Não é, como se sabe, uma mutação inédita, em coisas do coração.
Nessa altura, nada publiquei. Faltava o resto da história, o resto que veio depois, em Dezembro, quando o sargento Gomes foi preso e julgado. E porque as coisas do coração são assim, dadas as extraordinárias mutações, o carpinteiro da Sertã, que até ali fora o injustiçado, passou a vilão. Face ao sargento fardado que enfrentava seis anos de prisão "por amor", Baltazar era o estroina, o obstáculo à felicidade da família heróica. No reality show que a história de E. se tornou, Baltazar já foi expulso. Mas, seja qual for a decisão final dos tribunais, há coisas que não podem ser reescritas. Baltazar é o pai biológico de E. E, nesta história, com jeito, ainda se vai a tempo de um final (quase) feliz.
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Este artigo demonstra o que pode fazer o marketing jornalístico.
Apenas tive conhecimento desta história quando já o sargento era o herói e Baltazar o crápula. Mas sempre achei que algo não batia certo. Afinal, o herói (ainda por cima sargento) tinha desobedecido a uma ordem expressa de um tribunal. Não será isto motivo mais do que suficiente para alem da prisão, ser também expulso das Forças Armadas?
Do pai da menina não ouvia nada. Depois lá fui percebendo quem era a mãe e como a “coisa” se tinha passado.
Que dedo se pode apontar a este homem? Uma mulher que admite que já se prostituiu diz que está grávida dele, e isso é prova suficiente? A história diz que quando ele teve certeza da sua paternidade, entrou numa batalha para receber a menina!
Quem é o “mau” aqui? Um homem sem recursos que (obviamente) não acreditou na palavra de uma pseudo-prostituta, ou uma família “normal” que comprou uma criança?
O sargento deve estar preso por desobediencia ao tribunal; a sua mulher deve ser presa por rapto; a mãe deve ser presa por tráfico de crianças; e a menina, depois da necessária adaptação e acompanhamento, deve ser entregue ao SEU Pai!
Retirado de http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=789192&div_id=291
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José de Arruda Madureira Júnior, 64 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira, em Ibiúna, a 64 km de São Paulo (Brasil), alegadamente por manter o neto, de apenas 2 anos de idade, num canil com três cães da raça pitbull, informou o portal Terra.
Segundo relatos, a criança estava com uma corda no pescoço, e estaria no local há cerca de um mês. Dormia em um colchão velho colocado no local e a última refeição tinha sido feita às 17h da quarta-feira, tendo bebido cerca de 100 ml de leite. Encontrado pela polícia, foi encaminhado à Santa Casa de Ibiúna.
De acordo com Madureira Júnior, o menino foi morar com ele depois de o seu pai ter morrido numa troca de tiros e da mãe ter desaparecido com outro homem. (...)
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Apesar de tudo, ainda temos um longo caminho a percorrer até descermos a este nível.