Na véspera da Cimeira UE-Rússia, ao chegar ao final da Serpa Pinto, em plena Praça da Republica, olhei o Palácio Nacional sem qualquer carro estacionado no Terreiro. A sua imponência e grandiosidade mostravam-se em todo o esplendor (momento poético).
Imaginei como seria belo se em vez de carros estacionados a emoldurar o Palácio, estivessem passeios em calçada portuguesa, jardins com bancos, uma ou outra esplanada e, sobretudo, sem a presença de qualquer carro. Seria possível? Sim, se houvesse vontade de todos!...
Senão, vejamos (na foto, a vermelho seriam as novas acessibilidades às zonas afectadas; a esbranquiçado, a nova àrea pedonal):
O trânsito de passagem passar-se-ia a fazer pela nova A21 – a custo zero entre os nós Poente e Nascente (momento hilariante) e pela CRIMA; o acesso ao interior da vila seria feito pela zona do Intermarché e CGE, chegando assim à Serpa Pinto, e pela 1º de Maio a partir do Hotel Castelão; A Serpa Pinto ligava à Elias Garcia logo no início da Praça da Republica, e com acesso à Rua Detrás dos Quintais; A 25 de Abril, vindo do Hotel Castelão, dáva a volta em frente à CGD, e do outro lado, quem viesse da Carapinheira, tambem virava à entrada do Terreiro (ambos ao contrário do que agora se faz).
E já que estamos a “sonhar”, então mais vale sonhar alto.
Assim, seria feita uma ligação (a tracejado na foto)da Rua Detrás dos Quintais para a entrada Sul, permitindo a ligação ao interior da vila;
A subida da Joaquim Duarte Resina manteria as 4 faixas da CRIMA, assim como a Gago Coutinho, evitando o estrangulamento de trânsito que actualmente ocorre;
Toda a zona pedonal (a esbranquiçado na foto) teria por baixo um parque de estacionamento de dois pisos... à borla (segundo momento hilariante).
Neste plano, todas as zonas da vila mantinham as suas acessibilidades e todo o espaço desde a Praça da Republica até ao Palácio, em toda a largura do Terreiro, ficava livre de carros abrindo todas as possibilidades para uma àrea cultural, de lazer e de Qualidade de Vida!
Fica a faltar uma solução para os comerciantes, nomeadamente da 25 deAbril e do Terreiro, que perderiam os “cliente de passagem”. Teriam de ser encontradas formas de atracção para esse comércio, mas creio que a nova zona criada no Terreiro seria uma boa ajuda!
Depois virei-me, bati com a cabeça na mesa de cabeceira... e acordei!