Dos resultados eleitorais do passado Domingo para a CML, parece-me que se pode tirar uma grande ilação.
Não a do Carmona Rodrigues que afirmou, face à elevada abstenção, que os lisboetas não queriam a queda do anterior executivo. Parece-me forçado e demagógico justificar a fraca afluência às urnas com este argumento. Creio que se deveu mais ao facto de ninguém acreditar que em 2 anos se possa fazer o que quer que seja.
Não a do António Costa que exultou a grande vitória do PS. Creio que com cerca de 60% de abstenção ninguém pode clamar vitória, seja qual for o escrutinio.
Também não é a do Jerónimo de Sousa que se apresentou como a 3ª força em Lisboa, ignorando as “independentes” que ficaram à sua frente. Esqueceu-se, ou não, da palavra “partidária”... 3ª força partidária!
Mas é exactamente esta a grande ilação que se retira. Depois do que se passou há dois anos nas autárquicas; depois do ano passado nas Presidênciais; agora, nestas intercalares voltam a sobressaír as candidaturas independentes da sociedade civil.
A sociedade está a mudar e a acreditar que pode ter intervênção na vida politica.
E não é enterrando a cabeça na areia, ignorando e menosprezando estes sinais que os Partidos devem conviver com isso; Não é desvalorizando-as, como alguns crâneos comentadores o fazem por elas saírem de dissidências partidárias. Elas são, de facto, bastante valiosas para a Sociedade e devem ser encorajadas.
Novos caminhos estão a ser desbravados. São caminhos penosos, como o são todos os que implicam uma mudança de mentalidade. Continuemos, pois, a desbravá-los!...
PS: Uma nota final para o Zé que faz realmente falta. Como o faz qualquer voz que se levanta, por muito chata que seja; alguém que mande uns murros na mesa e que exponha o que escondido “deve” estar. Faz-me lembrar o Major Mário Tomé... e que falta faz ele na Assembleia da República!
Era bom que não fizessem o Zé falar... isso depende da forma como se fazem as coisas!
INFORMAÇÃO
MUSICA
BLOGS