A mudança da transmissão das provas de F1 para a Sport TV deveria ter-se traduzido numa melhoria da qualidade da mesma. Ao invés, apenas tivemos direito aos treinos livres, de interesse relativo, e às conferências de imprensa.
Recebi a notícia com alguma apreensão. Defensor do Serviço Publico e gratuito em qualquer área, sabia que a RTP não estava, nos últimos anos, à altura dos seus pergaminhos. Por outro lado, é minha ideia que a Sport TV é futebol.
Contudo, dei o beneficio da dúvida e esperei ansiosamente por este fim-de-semana, para ver que melhorias teríamos nas transmissões, e qual a valia dos 21,50€ que acresceram ao orçamento.
A consulta da grelha de programação da Sport TV entusiasmou-me, com a transmissão de todos os treinos livres e conferência de imprensa no final dos qualificativos. No entanto, logo no primeiro treino o entusiasmo foi esmorecendo. A sua cobertura era assegurada por um elemento no estúdio relatando o que via na TV, e os intervalos para publicidade sucediam-se. De mais valia apenas posso contar com a conferência de imprensa.
Restou a esperança, alimentada pela presença do Tiago Monteiro, de na corrida ser diferente.
A custo, a idade já não é a mesma, lá aguentei pela segunda noite seguida até às 3 da manhã. Não há dúvida que há diferença entre os dois serviços: no lugar de um jornalista em estúdio, estava um jornalista e um ex-piloto de F1, e os intervalos reduziram a sua duração!
Talvez pelos exemplos da RAI Uno ou da RTL, esperava ver algo mais num canal inteiramente dedicado ao desporto.
Esperava ver uma equipa de estúdio composta por mais do que um jornalista e um piloto, com várias tendências, que fizessem a antevisão, comentários e análise da Formula 1 em geral, e da corrida em particular; bem como uma equipa de reportagem no terreno, que realizasse a cobertura nomeadamente dos treinos, mas também da corrida, com entrevistas a técnicos e pilotos.
No estúdio, para além do moderador, podiam estar nomes como Domingos Piedade ou José Miguel Barros, da parte dos jornalistas; e Tiago Monteiro, Pedro Lamy, ou Pedro Matos Chaves, da parte dos pilotos. Ou ainda, porque a nossa realidade em termos de F1 não nos permite restringir aos pilotos que por lá passaram, nomes como Ni Amorin ou Pedro Couceiro.
Desta forma consideraria bem empregue o dinheiro gasto na descodificação do canal, não hesitando em fazê-lo mesmo que tivesse outra alternativa em canal aberto.
Sou exigente? Pago para isso!
Por outro lado, esperava que finalmente pudesse ver as corridas completas sem intervalos para publicidade. Afinal trata-se de uma canal pago. E não é publicidade que pago para ver. São, no meu caso, Grande Prémios de Fórmula 1!
Pergunto à Sport TV, sendo eu um dos financiadores do canal, qual é a parte de publicidade que me cabe a mim, e que procedimentos devo tomar para usufruir dela.
É que nem que seja um décimo de segundo, é minha!
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